domingo, 13 de outubro de 2013

Bom é ser criança


Como é bom ser criança! Sim, é muito bom ser criança e que saudade que tenho da minha infância, entretanto tenho a convicção de tê-la curtido intensamente: brinquei, brinquei, estudei e brinquei.
A falta é do tempo em que minha principal preocupação era passar de ano; problemas? Só de matemática; gastos? Só de calorias, com as brincadeiras de rua; estar na moda era ter a nova sandalinha da Xuxa; estar arrumada era estar de banho tomado e cabelo penteado; Garotos? Achava bonito a cor da pele ou o corte do cabelo e já dizia que estava apaixonada... E eu nem sabia o que era isso; Chorar era porque de machucados, birra ou não querer comer; Tristeza era não poder sair para brincar, ficar de castigo ou não ganhar o presente desejado; Mas alegria eram todas as outras coisas. Tudo era tão simples!
Já fui super-heroína, adorava brincar de ensinar, mexer em papéis e atender telefone, quis ser médica, até descobrir que tinha medo de sangue, quis ser astrônoma, mas percebi que não conseguiria ficar muito longe de casa, corria pra frente da Tv para ver e analisar as propagandas e me achei como jornalista. Saudade de poder errar, escolher e ser o que quiser e de poder voar... Sim, eu voava! Ou sonhava que voava? Nem sei, até meus sonhos na infância eram melhores, tão reais que até hoje me confundo se foram reais ou apenas sonhos. Os pesadelos se resolviam correndo para perto de minha mãe ou de minha avó.
Minha infância deixou saudade e se eu pudesse voltar ao passado, faria tudo igualzinho: brincaria, brincaria, estudaria e brincaria. E se eu pudesse fazer as crianças de hoje me ouvirem, diria: brinquem, brinquem, estudem e brinquem. Mas brinquem de verdade, saiam da frente do computador, larguem o tablet e o celular, deixem o vídeo game de lado, brinquem de boneca, carrinhos, joguem bola com os amigos, chame-os para brincar de esconde-esconde, pega-pega e corram, corram, corram, como se a maturidade quisesse te pegar, porque um dia você terá que se render e tudo em sua vida vai mudar. E o que restará? Só as boas recordações de um tempo bom que não mais voltará. 

sábado, 24 de março de 2012

Final de Fina Estampa deixa a desejar

Não acompanhei Fina Estampa assiduamente, mas sabia, por ler ou ouvir falar, das coisas que aconteciam. Agora na reta final assisti praticamente todos os capítulos e confesso ter me decepcionado com o final.

Fina Estampa foi uma novela cheia de mistérios, cujo mais instigante não foi revelado: O namorado de Crô! Um mistério que foi se perdendo no decorrer da novela, a partir da morte do funcionário que traiu Renê. Tá na cara que a intenção do autor era que Ferdinand ou Baltazar fosse o tal, mas como dito, a novela foi se perdendo. Ferdinand virou assassino e Baltazar mais Celeste se amavam demais, não seria justo separar o casal, tampouco que o amante de Crô fosse um criminoso.

Por falar em Celeste e Baltazar, qual foi o fim deles mesmo¿ Outra coisa que não foi revelada. Por mim não tinha necessidade dele ter voltado a bater nela, estavam bem, ele havia mudado e continuavam assim até o fim da novela.
E que casaizinhos sem graça que se formaram no final: Renê + Vanessa e Wallace + Dagmar. Minha torcida era para Griselda ficar com Renê e Guaraci ficava com Dagmar... Wallace podia ficar com Vanessa para ninguém ficar só.

Entretanto, o que mais me decepcionou foi o fim de Teresa Cristina. Que o mocinho sempre se dar bem, é praxe, mas essa modinha do vilão não se dar mal eu não curto. Ela tinha que pagar pelos crimes que cometeu.
O ponto positivo fica para a decisão do juiz em relação à pequena Vitória, nem faria sentido ser diferente.

Esse texto expressa apenas a minha opinião, não houve qualquer tipo de pesquisa de opinião.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Lixo ou hipocrisia?

“Vai começar a baixaria!”. Todo inicio de ano é a mesma ladainha nas redes sociais, o objeto dos murmurinhos é o programa promovido e exibido pela Rede Globo, Big Brother Brasil, o qual eu não preciso me dar ao trabalho de explicar do que trata, porque todo mundo sabe.
O fato é que o programa já está na 12ª edição, e como acontece uma vez por ano, implica 12 anos de sucesso. Sim, sucesso, pois se não fosse já teria acabado, assim como o “No Limite”, lembram? O primeiro reality show da Globo que teve apenas quatro edições. Não acredito que investiriam tanto em algo que não lhes desse um bom retorno. E sabe quem faz o sucesso do BBB? Vocês! Claro, nem só de audiência vive um programa, de crítica também. “Fale mal ou fale bem, mas fale de mim”. Sua crítica gera uma propaganda gratuita. Sabe a máxima de quem não é visto não é lembrado? Vou exemplificar: Estou eu, distraída, olhando as atualizações em redes sociais dos meus amigos, na televisão está passando o programa em questão, eis que leio um post: “BBB lixo...”. Ops! Tá na hora do BBB...#partiu. E lá vou eu e outros milhões de brasileiros para frente da TV assistir ao “lixo” que você indicou.
O tema do texto lhe sugere algo? Não gosto de generalizar nenhuma questão, mas pra mim muitos desses posts não passam de hipocrisia, pois as pessoas sabem de tudo que acontece no programa e não necessariamente só o que sai no noticiário ou no “fofocário”. Eu parto do pressuposto de que se você não gosta de algo, não assista, não comente. Você não vai conseguir mudar a opinião de quem gosta simplesmente por dizer que é lixo ou chuva de baixaria... Aliás, cá pra nós, o povo (salvo exceções) adora baixaria.
Meu intuito não é defender o Big Brother e sim a liberdade de assistir o que se quer sem medo de ser julgado. Tem muitos programas que eu não perco o meu tempo assistindo, porque simplesmente não gosto. Mas sei que tem gente que gosta, e eu não posso fazer nada. O que é perda de tempo para mim, pode não ser para outra pessoa (aprendi isso há um tempo após uma discussão com uma amiga, ela assistia ao BBB e eu não, mas assisto novelas e ela não). Você não quer assistir ao BBB? Desligue a TV, mude de canal... Infelizmente é tudo que você pode fazer, porque a Globo não vai parar de exibir só porque você não quer assistir.
Eu acho o BBB uma bela fábrica de dinheiro e a Globo, assim como qualquer outra emissora estão, perdão pela expressão, cagando e andando para minha opinião.
Para mim o Big Brother é totalmente manipulado, o ganhador é escolhido pela emissora, por meio da edição (fora o fato de não termos acesso a votação) e os telespectadores é que pagam os R$ 1,5 milhões ao vencedor através das ligações (basta fazer o cálculo). Enquanto isso vamos nos entretendo com as provas, com as brincadeiras, com os gatos e gatas, com a competição...Ah! Admita, nem é tão ruim assim, dá para dar umas boas risadas. Enquanto “nossos heróis” estão lá dentro curtindo a fama e concorrendo a prêmios, a gente fica se divertindo com eles aqui do lado de fora e se imaginando lá. Vai dizer que você nunca se imaginou na casa? Eu já... Seria a primeira indicada a sair.

sábado, 22 de outubro de 2011

Em defesa da exigência do diploma para exercício do jornalismo

Semana passada fui à faculdade buscar meu tão esperado diploma de jornalista. Tê-lo em minhas mãos me dá um misto de alegria e tristeza. Alegria, pois significa a finalização de uma etapa, a realização de um sonho e prova que eu estudei, portanto adquiri os conhecimentos necessários para exercer essa profissão com eficiência. Tristeza porque, infelizmente, ele não vale tanto quanto deveria, sim, graças à decisão dos ministros do STF – Supremo Tribunal Federal, que em sua “suprema” sabedoria ACHA que a obrigatoriedade do diploma de jornalista fere o artigo 5º da Constituição Federal Brasileira, segundo o qual “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: ... IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato; IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença...” Dentre muitos outros parágrafos, destaquei esses, por serem os citados pelo STF. Eu não consigo encontrar a ferida que a obrigatoriedade do diploma de jornalista causa a Constituição. Não é porque alguém não tem DRT quem vai deixar de se expressar. Eu não tenho carteira da OAB, no entanto posso impetrar um Habeas Corpus ou dar voz de prisão, não tenho registro no CREMEB, mas posso te falar para tomar um chá de erva-cidreira para a sua dor de barriga.
Vamos lá, abaixo a obrigatoriedade de diploma para todas as profissões, visto que, pelo mesmo Artigo da Constituição, no parágrafo XIII “é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer;”
É hilário pensar que só porque Fulaninho de Tal, cozinheiro do restaurante da esquina aqui de casa (não desmerecendo nenhuma profissão), tem direito a liberdade de expressão ele pode, sem qualquer conhecimento teórico, obter o registro de jornalista. Mas eu, jornalista porque estudei, sou uma exímia cozinheira, mas não posso ir trabalhar como tal lá no restaurante da esquina, porque para isso vai me ser exigido um certificado de algum curso de culinária, ainda que para isso, também não haja obrigatoriedade de diploma.
Vamos ser justos! Por que exigir habilitação para dirigir, se nós temos direito a liberdade de locomoção? Por que tem tanta gente morando nas ruas, se a dignidade da pessoa humana é um dos princípios fundamentais da Constituição Federal? De acordo com o Art. 6º da mesma, “são direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição”. Temos tudo isso?
Honestamente, tem tanta coisa por aí ferindo, de fato, a Constituição e é logo contra a obrigatoriedade do diploma de jornalista, que, diga-se de passagem, não fere em nada, que eles vão se voltar. Haja paciência!
Ah! Mas tem um parágrafo no Art. 5º que se encaixa perfeitamente na defesa da obrigatoriedade do diploma de jornalista, o XIV é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional;” Convenhamos, essa informação a qual temos assegurado o direito, tem que ser uma informação de qualidade, e para que isso aconteça quem a passa deve está devidamente preparado para passá-la.
Obs: Creio que exigi-se carteira de habilitação para dirigir, pois a mesma é comprovação de que o motorista está apto para exercer tal atividade... Exigem-se certificados ou diplomas para exercício de atividades profissionais, pois os mesmos comprovam que a pessoa está apta a exercer, eficientemente, tal função. Sendo assim, não tenho mais nada a dizer sobre este assunto, por enquanto.
Isso aqui é LIBERDADE DE EXPRESSÃO, um direito meu, assegurado pela Constituição Federal, não cometa o mesmo erro dos ministros do Supremo e confunda com informação jornalística.